Capítulos da Vida de uma Pessoa Sem Graça- Parte 1.
Há momentos em que estamos bem, mas também há fases em que não conseguimos nos reconhecer. Como podemos compreender quem somos, se, na infância, o ambiente é parte fundamental de nossa formação? O tempo passa, e muitas vezes não permitimos que nossa essência se manifeste. A partir dessa reflexão, podemos entender o motivo de, frequentemente, nos perdermos e sermos influenciados pelos outros. É claro que não estou atribuindo culpa a ninguém por algo que é, em grande parte, nossa responsabilidade. No entanto, quem nos cria também tem um papel importante na compreensão e no desenvolvimento de nossa formação. Sendo assim, o que foi negligenciado nos torna adultos com uma criança interior carente por buscar constantemente de reconhecimento.
Com o tempo, permitimos que algumas frases, como “Quem não é visto não é lembrado” ou “Se você for sempre assim, ninguém irá se aproximar”, nos transformem em algo que não somos. Logo, em 2024, foi um período em que minha percepção sobre a vida foi colocada à prova. Houve um tempo em que eu não tinha sonhos nem uma projeção clara do que queria para o futuro. Até que, naquele ano, parecia que o universo estava contra tudo que eu fazia. Tudo parecia débil, sem sentido e sem credibilidade. Mesmo com um bom planejamento e tendo alinhado meus objetivos com Deus, nada acontecia conforme o esperado.
Eu compreendia a filosofia e a proposta do que deveria fazer, mas enfrentava dificuldades para colocar as ideias em prática. Mesmo com muito esforço, os resultados acabaram sendo diferentes do planejado. Por exemplo, quando eu estava prestes a comunicar uma ideia, minha fala saía estranha, como se minha mente criasse um discurso, mas minha boca dissesse algo completamente diferente. Além disso, não conseguia sentir meus dons; sentia-me extremamente cansada na presença de outras pessoas e, simplesmente, não conseguia aparecer ou me destacar.
Acredito que minha intenção sempre foi me destacar, mas ocorriam situações em que me colocava no lugar da outra pessoa e me sentia inadequada, subestimando-me automaticamente.
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